Thursday, December 15, 2011

15.12.2011 Quinta em Piri

Papai hoje me saiu com uma nova, Eliane Lage. Atriz da década de 50 e precursora da Companhia cinematográfica da extinta Vera Cruz. Ela fez cinco filmes, todos da Vera Cruz. Adivinhem só onde ela mora? Pirenópolis. Painho andou rondando a dna Néia, ela andou fazendo umas ligações e a sra Eliane acabou de fazer uma cirugia de catarata, talvez possa nos receber. Pensem numa mulher bonita...

Adoro a internet! Puxei a vida da sra Eliane toda lá! Nasceu em Paris mas veio para o Brasil com 6 meses. Filha de pai brasileiro e mãe britânica. Não queria atuar, mas como se apaixonou por Tom Payne, o cara que lhe disse para fazer o teste na Vera Cruz, foi fazer o teste e acabou se casando com ele. 15 anos de casamento e 3 filhos.

Como não era lá muito fã da vida na cidade grande, acabou começando a sua migração com esposo e filhos para o interior até que na década de 90 veio parar em Pirenópolis. Foi fazendeira mas agora já de idade está na cidade mesmo.

Mas vou te contar, dependendo de onde ela esteja na cidade e do tipo de casa é como se estivesse na roça mesmo. Aqui nessa pousada Fênix mesmo, me sinto no sítio. Coisa boa! De frente para nosso quarto tem um abacateiro enorme, a todo momento cai um abacate lindo e fresco. Ontem eu comi metade com açúcar que nem minha vozinha Eva me ensinou quando eu era menina em Goiânia.

Na pousada ainda tem pé d emanga, goiaba, pitanga. Hoje eu me meti no pé de pitanga e tava lá saboreando uma quando vi um bem te vi me olhando. Sabe que cheguei ao cúmulo de achar que ele ia me atacar? Depois vi mais dois sabiás laranjeira nos galhos na maior paz.

Dna Néia disse que nesse ano encontraram na pousada duas cobras. Vi perereca no quarto e quando vai chover os sapos quase se engasgam de tanto gritar. kkk Fora que de manhã a passarada se esguela, e no fim do dia também... Ou seja, tirando vaca que não vi nenhuma por aqui, é quase uma roça mesmo...

Essa estória toda foi hoje no café-da-manhã. E que café... O fogão a lenha mantendo quente as chaleiras coloridas de ágata de água-café-leite e ao redor os quitutes... Falando em quitutes, rumei para a cozinha logo de modo a confirmar sessão cozinha de amanhã com dna Lúcia. Comfirmadíssimo. Dna Néia deu uma risadinha, disse que eu só tinha que acordar cedo...

Lembrei de dna Rita e da Cris comentando que eu falava com todo mundo... Essa estória de eu falar com Deus e todo mundo veio do meu pai. E agora estando em sua companhia? Dá para imaginar? A gente fala ainda mais!

Hoje acordei marunhada, queria ficar na cama, dormi mais um cadinho, acordei para almoçar. No restaurante batemos o maior papo com o pessoal. É muito boa essa conversinha de cidade de interior, ela é sempre permeada de paz, sossego e muita risada.

Depois do almoço voltei à dormir, depois fui caminhar com o fiel escudeiro, o sr Hortencio. Caminhada puxada nessas paragens de sobe-desce. E fique registrado que não estou à reclamar desse sobe-desce, eu amo isso aqui! A Caixa chegou em Agosto por aqui, bem na avenida da Igreja Matriz, quem sabe um dia não viremos morar aqui? Meu pai já tinha vindo aqui em outros anos, mas não conhecia tão bem como passou a conhecer com o que mostrei. Ficou todo-todo para vir morar aqui. Quem sabe?

Para quem estava meio que para baixo, esse exercício físico da caminhada deu uma sensação boa de prazer e me deixou com disposição. Não quero deixar mais deixar de me exercitar.

Pela noite, depois de uma bela peixada, fomos jogar cartas. Essa estória da jogatina com meu pai não dá certo. Sempre começo ganhando de lavada, depois, começa a sessão de humilhação, se eu ganho uma, ele ganha a outra e depois a nega. É uma desgraceira. Graças à Deus que nunca apostei na vida...

cheiro em todos,

R.

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