Wednesday, November 28, 2018

Projeto 30 dias de pão com levain - Receita 2 - 28.11

O pão de hoje foi o pão branco. A 1a fermentação foi na geladeira das 8 da manhã até as 19 horas, a 2a fermentação foi de 2 horas em cima do armário pequeno da cozinha e assei a 250 graus por 50 minutos, os 10 primeiros com um potinho de água dentro do forno. Vacilei no corte, fiz um corte sem vergonha, nada de incisão profunda e o resultado? Bem, se o ar não conseguia sair por cima... saiu por baixo!... (Que nem conosco kkk) Então, o pão na parte inferior sofreu uma incisão não intencional, o ar está lá e precisa sair, mas não ficou feio não. Não pode partir pão de levain quando está quente pois ele ainda continua cozinhando lá dentro. Uma vez parti e tive a impressão do pão não estar cozido, como se fosse bolo betumado sabe? Nunca mais, daí passei a acreditar no que os professores diziam... Passado a espera, pão cheirosinho, gostoso e cheio de buraquinhos dentro. Bom!

600g farinha e trigo branca
400g água
200g levain refrescado
12g sal

Projeto 30 dias de Pão com Levain - Receita 1 - 27.11

Hoje iniciei o mês de pão com levain. Um mês de pães do livro do Luiz Américo Camargo, o Pão Nosso, e ontem fiz o "pão integral" na escola da Valentina, a Vivendo e Aprendendo. Acabou logo. Deixei a massa fermentando da meia noite de segunda até 7 da manhã de hoje terça, tirei da geladeira e ficou fora na 2a fermentação, só assei na escola da Tina às 9, levou 40 minutos para ficar pronto. O pão ficou com a casca dura, lindo, não teve muito cheiro de azedinho. Não sei se por ter tido apenas 9 horas de fermentação. 

Ontem pela manhã estava frio, o pão não cresceu, mas bastou 10 minutos no forno maravilhoso e potente da escola para inchar belamente! Bem, de fato não consegui tirar a foto do bendito que quase queima. Em casa um pão desses leva 60 minutos para assar a 250 graus. No forno da escola foi 220 graus em 40 minutos. Preciso mudar de forno com urgência...

Cabe lembrar que em todas as receitas do livro do Luiz Américo irei utilizar a isca de levain que ganhei na aula com o Rene Seifert feito com farinha de trigo branca orgânica, mas ele ensina como fazer aqui: https://www.youtube.com/watch?v=8U5S6_bslnA
É simples, não deixe de fazer por não ter uma isca em casa, é só iniciar em casa hoje mesmo. Você pode iniciar com farinha branca, integral ou de centeio, com todas essas você cria um bom levain, é necessário apenas uma boa farinha e paciência.

De todas as receitas de pães que o livro tem, creio que não farei as baguetes por não possuir as formas específicas e também porque nunca fiz, quem sabe arranjo o material e lá pelo fim do curso tento? São 20 receitas de pães (foras as duas de baguete), além de um panetone e um de grissini. Tem outras coisinhas gostosas, vamos ver se vou seguir...


Receita para o Pão Integral do Luiz:
(apesar de ter tão pouco da farinha de trigo integral)

420g farinha de trigo (branca)
180g farinha de trigo integral
400g água
200g levain refrescado
12g sal

Tuesday, November 27, 2018

Sobre pães e sonhos

Eu e meus sonhos. Chega uma hora que Deus desenterra um e faz tornar realidade... 

Aos 19 anos tentei fazer minha primeira rosca, foi um desastre. Sempre senti-me incompleta por não saber fazer nada na área de pães, na família de mamãe há mulheres que criaram suas famílias fazendo roscas. Por fim comprei uma máquina de pão seguindo o conselho da minha sogra e foi uma alegria sem fim e isso foi em 2014. Ano passado, 2016, encafifei que em 2017 ia aprender a fazer pão com minhas próprias mãos, foi nessa ideia que em Junho fiz meu primeiro curso de pães artesanais na Kaza Chique aqui em Brasília, encantei-me em fazer pão! Sorte que David incentivou-me. Lá aprendi com o Reismar, excelente professor. Cheguei a fazer mais dois cursos com ele lá na Kaza Chique, pães sem glúten e pães funcionais. Maravilhoso!

Em Julho tentei meu primeiro pão com o Levain, conhecido também por fermento natural, starter. Em grosso modo é um fermento feito em casa que conta com uma colônia de bactérias pegas no ar (o fermento de mercado, o biológico seco conta com apenas um tipo de bactéria a sacharomyces cerevisiae). Há várias formas de iniciar o levain, eu restringi as técnicas para as duas ensinadas pelo Luiz Américo e pelo Rene Seifert, achei a do Luiz muito complicada e acabei nem conseguindo gerar um pão decente, identifiquei-me mais com a forma descomplicadas do Rene, que segue misturando farinha de trigo de boa procedência com a mesma quantidade de água por dias seguidos. 

Em Julho desse ano segui a receita de pão integral do livro do Luiz Américo Camargo, mas com o levain ensinado pelo Rene Seifert e assim surgiu meu primeiro pão de levain e não acertei mais. Por fim, dia 10 de Novembro fui fazer o curso de introdução à panificação artesanal no Pão da Casa na Colônia Witmarsum com o Rene e a Vanessa Seifert, o suficiente para responder a algumas dúvidas e criar mais outras. kkk Foi uma benção minha ida lá. Foi a primeira vez que aluguei um carro sozinha e dirigi sozinha fora do estado de Goiás. Senti-me bastante acolhida na Colônia, lá encontrei pessoas amáveis que falavam sempre olhando em meus olhos, gente hospitaleira. Desde o mercadinho, as pessoas nas pousadas, na igreja Menonita. Gente boa. Como tinha sonhado em fazer esse curso, tinha bem um ano... Mas sempre tinha algo que impedia-me de ir, por fim, nada mais havia (uns, tina, David) apenas meu medo de dirigir e nisso Deus deu-me forças para encarar, pensando que isso também serviria de ensinamento para a Valentina um dia. Nós mulheres precisamos ocupar os espaços, Deus nos capacita, precisamos crer. E lá fui eu, e em tudo Deus zelou por mim. 

Catei laranja do pé, cheirei folha de figo, dei de comer à bode e cabras, pus os pés na grama, dirigi, dormi muito, contemplei o por do sol, andei, dirigi, enchi tanque de carro, sentei em cadeira especial sem pagar por nada disso no avião, li mais uns capítulos do livro Into The Wild, tive revelação de Deus, conversei com pessoas amáveis, louvei em alemão, ouvi a pregação com direito a intérprete de alemão-português, e só pude entender que verdadeiramente assim como é no coração, assim se faz. Deus como o Senhor é bom!!

Sendo assim, iniciei um período de pães com levain seguindo as receitas do Luiz Américo contudo com o levain ganhado no curso do Rene Seifert e refrescado com a técnica dele. Irei contar a cada receita minhas impressões, o que aprendi, o que fiz de errado, o que gostei, o que repetirei, as minhas dúvidas.