Monday, April 14, 2014

Sobre minha ida à Partolândia

Demorei mas aqui estou!

Queria falar sobre minha experiência de ter um parto normal. Valentina nasceu dia 24 de novembro de 2013, sei que já se passaram muitos dias após o acontecido mas sinto que devo dar esse testemunho, ora para incentivar o parto normal e ora para partilhar minha vivência.

A Nicole, uma grande amiga e hoje ex-chefe um dia me fez desistir do parto cesáreo apenas me falando que eles iriam cortar a minha barriga em várias camadas (eita, eita, eita, eita!!!) Isso me assustou muito. Muito mesmo! A partir daí passei a ver partos normais na internet e sempre só conseguia chorar de emoção! Dessa forma decidi pelo parto normal.

Procurei uma ginecologista-obstetra chamada Carolina Werlang que atende no hospital Santa Lúcia, nossa como ela é linda, e achei-a meiga - a princípio! Logo na primeira consulta me avisou que estava chegando àquele consultório a pouco tempo e que a equipe de obstetras tinham decidido que iriam cobrar para acompanhar parto normal. Senti a médica constrangida ao me dar a notícia e achei mega estranho esse assunto de cobrar por algo que o próprio plano de saúde já pagava, mas como minhas ex-ginecologistas ou tinham se mudado de cidade ou não eram obstetras, resolvi ficar com ela mesmo.

Resumindo, logo depois fui à São Paulo a trabalho, para a Feira Hospitalar que ocorre todo mês de maio e tive sangramento diário. A minha colega de trabalho, a Ana Gabriela, e também colega de quarto no hotel e mui amiga, ao ver o sangue me alertou que devíamos ir no hospital, mas eu não quis ir. Teimosa.

Na outra semana quando chegamos na Plannejare, mpresa que trabalhava, todas as colegas de trabalho brigaram comigo para eu ir no hospital. Que saco, pensei. Odeio ir em hospital em Brasília. Mas como acredito que conselho vem de Deus, pensei que devia ir. Coincidentemente, nesse dia, uma amiga de infância estava aqui, a Ana, prima de Thais e Raquel. Nossa como ela é pentelha, kkkk eu ainda pensei em ir no outro dia, kkkkk mas ela brigou comigo e me levou ao hospital! Que bom que fomos! Descobrimos que meu bebê (na época nem sabíamos o sexo) estava bem, mas minha placenta estava meio que baixa, chamada de placenta prévia. Estava com risco de perder o bebê se eu não ficasse em casa quieta, sem fazer nada, sem andar e sem pegar peso.

Foi muito difícil passar por esse período. Fiquei em casa até meados de junho. Eu só pensava que
em agosto de 2012 tinha tido gravidez ectópica e para engravidar dessa vez, em 2013, tinha sido bem difícil, e ainda tinha que passar pela placenta prévia, ficar trancada em casa, mas assim que recebi a alta, fui toda feliz para o trabalho, eu estava cheia de planos de começar ioga/caminhada/pilates desfilar com a barriga na rua e receber muito vento nos cabelos kkkk mas, mais uma vez, uma grande surpresa desagradável... Dor intensa no cóccix. Puxa!

Na época da gravidez que fiquei em casa, gastei horas lendo muito sobre as violências que nós mulheres passamos nas mãos dos obstetras/enfermeiras/hospitais, li muito sobre o parto humanizado, alimentação orgânica, fraldas ecológicas. Depois de ouvir tantos comentários infelizes da doutora linda, larguei ela sem nem mandar um tchau. Com certeza ela deve ter adorado. Ouvi a indicação da Cris lá da Caixa, esposa do Adriano que trabalha com o David (melhor coisa que fiz na minha vida foi ouvi-la) e fui ver seu obstetra o sr. anjinho dr. José Domingues. Ele não é do parto humanizado, mas como ele é humano! Meu Deus... Como ele é um fofo!! Ele atende no HMIB e numa Clínica atrás do Templo da Boa Vontade.

Mamãe conheceu o médico, ela é muitooooooo difícil de gostar de alguém, no entanto, gostou muitoooo dele. David que não gosta muito de ir em médico, gostou muito dele também. Eu que sempre tive muito horror a ginecologista homem (nunca tinha ido até então), amei. Ele foi muito paciente comigo. Imagine vocês que ele pegou a minha gravidez já em estado avançado, já com sete meses, cheia de ex problemas (gravidez ectópica, placenta prévia e agora chegava com dor no cóccix), lógico que não se sentiu confortável no início, mas como foi maravilhoso comigo!

Falei para ele desde o início que não podia ter um parto cesariano porque eu era sozinha nessa terra de meu Deus (Brasília), só eu e David, e que não podia ter um parto cesariano de jeito nenhum. Minha mãe é muito nervosa, e eu não podia contar com ela para me ajudar aqui em Brasília. Cristiana, colega de trabalho e mui querida amiga, insistia que eu contratasse alguém para nos ajudar ao menos no primeiro mês (por quê eu não ouvi, meu Deus?).

Acabei entrando de licença maternidade antes do esperado, um mês antes. Houveram problemas na empresa e eu fui ficando muito nervosa, acabei pedindo a compreensão de todos e entrando com a tal licença.

O Dr José Domingues já tinha me falado que gostava muito do Hospital Santa Lúcia, eu por minha vez, detesto aquele hospital mega bagunçado e cheio. (Desculpe quem gosta! É minha humilde opinião). Procurei conhecer a Maternidade Brasília. Fui então lá no setor sudoeste, na urgência e gostei do atendimento e principalmente da paz e da tranqüilidade do local. Falei com o obstetra e ele disse que se eu quisesse mesmo, ele iria fazer meu parto lá apesar de não conhecer ninguém, mas que seria melhor no Sta. Lúcia pois ele já conhecia toda a equipe. Puxa eu não sabia que isso podia ter alguma importância, só soube disso no dia do meu parto...

Ele já tinha me dito que não ia esperar por 42 semanas, que achava muito arriscado. Na minha 40a semana ele viajou para um congresso, mas ele já tinha me dito que viajaria desde a minha primeira ida no consultório. Mas eu conversei muito com a Valentina dizendo à ela que esperasse pelo doutor. Na outra semana a minha doula viajaria também. Nossa como conversei com a Valentina! Mas David dizia que ela só viria quando a minha irmã Larissa viesse. E ela veio no dia 22 de novembro, sexta, na semana da 41a semana de gravidez. A Doula e o dr já estavam na cidade. Sentíamos que seria aí.

O Dr José me viu na segunda dia 18 e disse que queria me ver na quarta. Eu enrolei ele. Eu sabia que como a Valentina não dava sinal de querer chegar, e o líquido amniótico começava a abaixar (mas tava normal ainda) ele poderia querer propor uma cesárea. Disse à ele que iria na sexta, mas também não fui. Eu estava muito preocupada com o líquido e disse a doula Vanja, fisioterapeuta que eu iria na maternidade fazer outro exame para ver o líquido (olhem no facebook: Matriusca Bem-Estar das Mulheres em Todos os Ciclos de Vida).

Dia 22, sexta, Larissa chegou e já a noitinha, vi que tinha um pouco de sangue na calcinha, pensei que tinha começado o processo de chegada da minha Valentina e mostrei ao David, ele disse que era besteira, que estava tudo normal. Mostrei à Larissa, ela se alarmou, vi em seus olhos, mas ela não quis me deixar nervosa. Perguntou-me se eu queria ir ao hospital, falei que no outro dia iríamos. Falei com a Vanja. Ela me perguntou se eu sentia dor, mas eu não sentia nada, disse à ela que queria ir na Maternidade Brasília no outro dia pela manhã pra ver minha bebezinha, ela me incentivou.

No outro dia, mais sangue na calcinha, mas de leve. Eu tentava manter a calma. Chegamos na Maternidade por volta das 18 horas e já queriam me internar pois eu estava com dilatação de 3 para 4, e eu não sentia nada. A obstetra de plantão disse que ia fazer um procedimento para me ajudar nas contrações. Não gostei da idéia, mas ela foi tão meiga que deixei. A partir daquele momento estava com 4 de dilatação e dor. Assinamos um termo para deixar a maternidade pois com certeza iria demorar e eles iriam querer me dar outra ajuda, a tal da ocitocina na veia. Não, eu não queria essa droga em mim, já tinha pesquisado muito sobre isso. As mulheres que recebem essa dose na veia sentem muitas dores, ficam nervosas, e acabam optando pelo parto cesáreo.

Pensem vocês que um trabalho de parto dura aí em média umas doze horas, as dores vão paulatinamente crescendo, a mulher vai respirando, vai sentindo, vai se preparando. Com a ocitocina a coisa é acelerada, a dor é intensa e de repente, ela é provocada. Mas no hospital eles não estão nem aí para nós, eles querem que saiamos logo do hospital para dar vaga para outra pessoa. Não, eu NÃO ia tomar ocitocina. Estava disposta a brigar se fosse preciso.

Ligamos na Vanja. Até então não tinha ligado para ninguém. Falei com David e Larissa, eu disse que queria passar por tudo sem ninguém saber e que não, eu não queria visita na maternidade, de ninguém. Queria passar por tudo, sozinha, e somente com a companhia dos dois e da Vanja. Eu não quis contar à minha mãe para ela não ficar nervosa, quis poupá-la. Ela teve outra vivência, parto cesáreo, ela não ia dar conta, tadinha. Ela ia ficar com dó de me ver sentindo dor, eu não queria deixá-la nervosa. Além do mais, eu estava com medo de não dar conta. Melhor ficar longe de pessoas nervosas para eu não correr o risco de querer desistir.

Marcamos com Vanja de nos encontrar na Torteria que tem na 304 do sudoeste. Amo a tortinha de uva de lá, mas na verdade, qualquer torta é boa. Tudo é bom. Qual foi a surpresa! As contrações aumentaram muito. Começamos a fazer os exercícios para relaxar lá mesmo. A idéia era ir para nosso apê em Samambaia, tomar uma chuveirada, ouvir boa música e lanchar. A mãe da dona da torreira estava lá, nossa como ela é doce! Conversava comigo. As pessoas passavam e eu lá em trabalho de parto, que doidera. Caminhamos, baixamos, rebolamos. Eita Vanja!!! Isso aliviava! Ela ainda fazia massagem no meu cóccix.

Contudo, Vanja não acreditava ser possível irmos à Samambaia no nosso apartamento para esperar o desenrolar do trabalho de parto, dessa forma marcamos de nos encontrar na maternidade. Mas comigo, eu dizia que ia para casa... Ao entrar no carro a dor foi tamanha que eu disse à David que SIM iríamos para a maternidade. kkkkk

Ao chegar na maternidade aquela obstetra que tinha me atendido três horas antes estava passando o plantão para a que acabava de chegar. Nossa ao ver o rostinho da menina deu vontade de chorar. Dava para ver que ela tinha acabado de formar e que nunca tinha visto um parto normal... Fez o toque disse que eu estava com 3 de dilatação. Alou? kkkkk Antes estava com 4 agora era 3?? Me mandaram para a sala de pré-parto falando de ocitocina e eu e David falando que não queríamos. Lá, continuamos com a caminhada, baixa e levanta, banho de água quente nas costas. Tinham feito um exame em mim. Estávamos bem no desenrolar da arte do nascimento. David ligava no meu obstetra e nada dele atender. Mas até então eu estava calma. Daí entrou a enfermeira chefe e começou o estresse.

Ela se apresentou e foi ríspida dizendo que só podiam ficar comigo duas pessoas e que a outra devia sair pois poderia chegar a qualquer hora outra gestante. Por quê a rispidez? Eu entendia a situação, mas por quê a rispidez? Tinha escolhido a maternidade pois parecia que não tinha isso, se não teria ido para o Santa Lúcia...

A tal Chefe-da-enfermaria mal fechou a porta e eu já gritei alto que se ela chegasse perto de mim de novo ia todo mundo parar na delegacia, ela ouviu. E as contrações intensas! Logo depois, as duas obstetras entraram na sala de pré-parto já falando de ocitocina e me mandando deitar para fazer o toque. Simplesmente as contrações praticamente pararam. A tensão foi tamanha que tudo regrediu, mas foram só as duas saírem que as contrações voltaram, pedi ao David que mandasse uma mensagem ao dr José Domingues dizendo que  elas iam acabar por fazer cesariana em mim se ele não chegasse a tempo... Logo depois ele chegou. Qual foi a surpresa... Estava com 8 de dilatação... (Aquelas meninas não sabiam de nada de parto normal... Estranho tudo isso acontecer numa maternidade que dizem ter obstetra da linha humanizada, quarto para parto humanizado... diretor da linha de parto humanizado... Mas isso só foi o começo...) e o Dr José me mandou subir para a sala de parto.

Subindo para a sala de parto, eu ouvi a voz da Chefe-da-enfermaria... nossa deu muito medo, eles iam me colocar na ocitocina, meu Deus, não! Ouvi ela e os técnicos perguntando onde estava o ponto (para administrar drogas na veia). Daí ouvi a Vanja perguntando ao David se eu ia para a sala de parto humanizado. David me perguntou e eu disse Simmmmmmmmmmm pois eu sabia que lá ela não poderia me tocar!

Ao entrar na sala, maravilhosa aliás, o Dr anjinho se sentou num banquinho com um jeito desolado tadinho... disse para mim que tudo aquilo não tinha sido combinado. Eu disse olhando nos olhos dele que eu só queria ele para me ajudar no parto, eu não queria mais ninguém. E ele me disse que tudo aquilo era novo para ele mas se eu quisesse que ele segurasse meu bebê na água ao nascer, ele seguraria. Ai que fofo!!

Utilizei de tudo no quarto, a banheira, o tecido, a bola, as barras, a cama kkkk a dor só aumentava. E foi um tal de "faz força"... Gente só se faz força quando vem a contração, não adianta ficar fazendo força à toa pois acaba-se fazendo a força errada e só nos cansamos! AI! Então chegou a pediatra, mulher que nunca vi na vida, nem se apresentou e já foi falando para eu fazer força, pense numa voz irritante... Quando ela começou a falar ninguém mais falou, acho que estressou a todos... E ainda gritava que eu fava fazendo a força errada, irritante... Uma hora berrei que fava fazendo força ora! Daí ela deu um tempo de ficar gritando: faz forçaaaaa. Que bom, pensei. Mas não parou por aí...

A mulher de repente aparece em cima de mim querendo fazer a manobra de kristeller, procedimento abolido em 1986 pelo que li na internet, uma aberração de procedimento, mega violento. Consiste em empurrar a barriga da parturiente com o antebraço. Quando vi o que ela ia fazer só berrei bem alto que era para não me tocar que não tinha dado essa liberdade para ela. Nossa o barraco foi montado! David, Larissa e Vanja pularam nela para me defender, fizeram tipo um bloqueio. A mulher gritou bem alto: "VOCÊS VÃO MATAR ESSA CRIANÇA!! "

...

Bem, gente, imagina você, fazendo força para seu bebezinho nascer, uma dor do cão, as pernas arreganhadas, toda sua intimidade aberta, uma sensibilidade incrível, um cansaço sem fim e um ser de outro mundo gritando que seu bebê pode morrer... ???? O ódio foi tão grande que eu disse que ela não ia morrer nãoooooooooooooooooooo e fiz uma força tremenda que minha menina veio aos berros, aos gritos... E a pediatra (ela podia fazer uma reciclagem) saiu correndo levando meu bebezinho como se ele estivesse sufocado, morrendo. Isso aconteceu num lugar que dizem ser humanizado... Imagina o que não é... O procedimento atual é assim que o bebê nasce entregar para a mãe para começar o reconhecimento, acalmar o bebê, dar de mamar, cortar o cordão umbilical...

Mas não acabou aí não... O meu obstetra tinha que me costurar por conta da episiotomia, ele pediu as duas assistentes, as técnicas, que trouxessem o fio de sutura correta, mais fino pois ele só tinha o grosso. Sabe o que as duas gracinhas fizeram? Ignoraram o pedido do médico. Ele também pediu mais anestesia. E o que elas fizeram? Ignoraram... Sendo assim, com muita dor, fui costurada com fio mais grosso e sem anestesia. Meu obstetra não teve apoio nenhum. Sem contar que quando fui para a sala humanizada todos receberam a roupinha especial para acompanhar o parto menos a Vanja pois a enfermeira e os técnicos ignoraram ela, doula não é bem vista na Maternidade Brasília.  E dizem que é humanizada... Pelo visto deve ser humanizado só se pagarem 5mil reais para o médico que se diz humanizado fazer o parto lá... Só pode. Palhaçada...

Fiz reclamação ao hospital pela ouvidoria e simplesmente me ignoraram também. Isso é violência gente. Somos violentadas na cara dura. Nenhum pedido de desculpa, uma retratação. Não se tem curso de reciclagem nessa maternidade não?????? Vem a minha mente agora o relato de trabalho de parto da minha amiga Ruth em hospital público aqui no DF, subiram nela para fazer a manobra de Kristeller, usaram fórceps, ela chegou a desmaiar de tanta dor (!).

O parto é nosso e temos que ser respeitadas!

Parto cesáreo é cirurgia gente! Só deve ser recomendada em casos em que há perigo à saúde da mãe e do bebê. O melhor, o natural, o normal, o saudável para ambos mãe/filho é aquele parto em que se respeita o tempo do bebê e da mãe.

Nunca fiz uma viagem tão louca, tão apaixonaste, tão deliciosa na minha vida. Por isso estou escrevendo aqui nesse blog de viagem. Eu fui à Partolândia. Um lugar muito doido, um momento só meu, uma viagem só minha, mas que só foi possível pois Deus me deu e porque tive a ajuda de uma rede de apoio* fantástica...

Quando chegar sua vez, querida amiga, escolha pela saúde sua e de seu bebê. Tenha seu momento. Escolha sua rede de apoio*. Escolha pelo parto normal/natural/humanizado. Leia. A ignorância é que nos cega. Leia muito, pesquise na internet, não tenha preguiça, não deixe para amanhã, leia. Tem uma rede grande de pessoas que ganham muito com o parto cesariano desnecessário. Pessoas egoístas que só pensam em dinheiro e praticidade para elas.

A princípio eu quis ter minha Valentina em casa, mas com tanto problema que tive, pensei que melhor seria se fosse num hospital. Depois pensei na casa de parto, mas eles ao verem meu cartão de pré-natal não me aceitariam lá (por conta dos problemas que passei). Por fim, eu tive o parto que eu quis e que pude ter. Não foi humanizado, nem natural, mas foi normal (na medida do possível). Eu amei, e se de novo engravidar, e se Deus me permitir, normal de novo será!

O parto normal é possível sim!!! Eu que choro por tudo, mole mole, consegui (lógico, devido a rede de apoio*, sozinha não conseguiria mesmo!). Consegui pois como o próprio nome diz é NORMAL. Nosso corpo está preparado para isso. É muito difundido por aí a DOR, e não quão gratificante é passar por isso, a dor não é tão assim quando se tem uma rede apoio*. Foi o momento mais meu que já vivi em todos esses 34 anos.

Isso era o que eu tinha para dizer.

Renata Maria

*A Rede de Apoio ao qual tanto me refiro é a presença de uma doula, ela é uma acompanhante de parto especializada que coloca a parturiente para fazer exercícios a favor do parto e para diminuir a dor e o incômodo; a presença do pai do bebê para dar apoio psicológico, fazer carinho, massagear as costas, cuidar dos trâmites com o bebê depois do parto; alguém querido que se ama muito e é bem tranquilo (no meu caso foi minha linda irmã que ajudei a criar); um obstetra que confiável (tem aquelas que escolhem parteira). Tem doula fisioterapeuta (como a minha), psicóloga, acupunturista, homeopata, etc.

   Eu e minha irmã Larissa assim que internamos

               Recebendo massagem nas costas

                         Tentando relaxar no tecido

                       Respirando e sentindo o momento

                   
 Na banheira do quarto humanizado


  Fazendo os exercícios com a Vanja e ganhando o apoio do David


               Valentina nossa pequena grande valente

Não resisti e assim que cheguei no quarto, com minha pequena Valente nos braços, falei com mainha ao telefone chorando: "vem com o papai, quero a senhora"